O ano de já começou, e os segmentos de mercado já tem uma estimativa de como serão os próximos meses, e vão se preparando para enfrentar os desafios e atender as demandas positivas. Com o setor de aparas de papel não é diferente.

Ligado ao setor de reciclagem, os aparistas são responsáveis por coletar quase 5 milhões de toneladas de papel, de acordo com o último levantamento realizado pela Associação Nacional dos Aparistas de Papel (ANAP). Pedro Vilas Boas, Presidente da associação, já tem em mente como o cenário pode favorecer os profissionais do ramo.

"Existe um fator que poderá impactar positivamente o segmento que são as projeções de crescimento na demanda por caixas de papelão ondulado, que conforme divulgado pela Empapel, pode chegar a 5%. Esse número supera bastante a taxa prevista para a economia e, suficiente, para manter o consumo de aparas em seus níveis normais, mantendo a atividade dos aparistas", comenta Pedro.

Esse é um indicativo que os profissionais possam reunir seus esforços para ter melhores resultados durante o ano, mas para manter a operação viável, Pedro faz um alerta para os desafios que podem enfrentar.

"Estamos observando um maior volume de material chegando ao mercado, ao mesmo tempo que o papel reciclado diminui sua participação na indústria, muito por causa de três pontos: novos projetos de papel produzido com celulose entraram em operação; diminuição no consumo de plástico de ciclo único, observamos aumento na demanda por papel kraft não reciclado que vai virar aparas de papel após seu uso; novas máquinas produtoras de papel para embalagem a partir da celulose", ressalta o Presidente da ANAP.

As expectativas de crescimento do PIB, conforme divulgado no Boletim Focus do Banco Central, indicam um crescimento de 0,78%. O setor, se preparando para a demanda de caixas de papelão ondulado, pode superar as expectativas e colher um bom resultado para o ano de 2023.

 

Sobre a ANAP

A ANAP é uma instituição sem fins lucrativos de âmbito nacional, que congrega empresas que se dedicam ao comércio de resíduos de papel (aparas de papel), uma atividade voltada somente para a compra e venda de aparas de papel.

Foi criada em 17 de fevereiro de 1981 em São Paulo, sucessora de outras Associações como a ABRAP -- Associação Brasileira dos Aparistas de Papel, com sede no Rio de Janeiro, e a Associação do Comércio de Papel, com sede em São Paulo.