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Resultados positivos no 2T14 para a Suzano

Notícias | Mercado | 18.08.2014




O processo de redução da alavancagem da Suzano Papel e Celulose tem refletido em bons resultados para empresa verificados no 1T14 e reafirmados no 2T14, conforme a apresentação da empresa realizada aos acionistas e imprensa no dia 15 de agosto último.

Um aumento significativo de 48% na produção de celulose (+244 mil toneladas) e no volume de vendas de 59% (259 mil toneladas) em comparação ao mesmo período de 2013 foram os responsáveis por grande parte desses resultados devido ao startup da unidade Imperatriz, no Maranhão, no início deste ano. As vendas de papel também tiveram desempenho satisfatório no mercado interno em comparação ao mesmo período de 2013, com alta de 2% para 319 mil toneladas de papéis comercializas.

Com isso, a empresa obteve um crescimento de 28% em seu EBITDA (resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado em relação ao mesmo período de 2013, totalizando R$ 521 milhões. Já em relação ao 1T14 o aumento foi de 7%, mas, contudo, o lucro líquido de R$ 97 milhões foi menor ante os R$201 milhões. 

Conforme Walter Schalka, CEO da Suzano, o EBITDA ficou abaixo da expectativa no trimestre, que foi prejudicado por conta da valorização do câmbio médio no período, impactando em queda no preço da celulose, além dos impactos do custo de energia. O atraso na extensão férrea na unidade de Imperatriz, também atingiu o escoamento da produção e consequentemente os custos de produção.

Por conta dessas oscilações no preço da celulose, uma das medidas adotadas para contornar a situação foi o gerenciamento de produção com redução de 30 mil toneladas na Linha 1 da Unidade Mucuri no primeiro trimestre e demais melhorias no desempenho operacional da empresa. A venda de energia, a qual a Suzano se tornou superavitária com a unidade de Imperatriz, também foi favorecida pelo momento atual, equilibrando a compra de energia pela unidade da empresa em Suzano (SP).

A partir de julho deste ano a unidade de Mucuri (BA) também passou a comercializar o excedente de energia, bem como um novo digestor previsto para o próximo ano na unidade de Suzano (SP) contribuirá para redução de custos e melhoria na eficiência energética da companhia. O executivo destacou ainda a finalização da aquisição da Vale florestar em 8 de agosto último e a relevância dessa negociação no seu aspecto financeiro, pois a empresa pôde estender pagamentos, liberando o seu fluxo de caixa.


Thais Santi
Jornalista