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Custo da atividade florestal cresce menos em 2019

Negócios e Mercado | Notícias | 05.02.2020




Custo da atividade florestal no Brasil cresce menos do que a inflação em 2019

Índice Nacional de Custos da Atividade Florestal (INCAF), elaborado
pela Pöyry, acumulou alta de 1,9% no ano, ante uma inflação de 4,3%

A variação do Índice Nacional de Custos da Atividade Florestal (INCAF) em 2019 foi de 1,9%, bem abaixo da inflação de 4,3% registrada no período, medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preço ao Consumidor Amplo). No quarto trimestre do ano passado, o INCAF subiu 0,2%, em comparação a uma inflação de 1,8%. Calculado pela Pöyry , empresa internacional de engenharia, projetos e consultoria, o INCAF monitora a evolução dos custos da atividade florestal no Brasil e é divulgado trimestralmente.

"A variação do INCAF abaixo da inflação em 2019 é resultado principalmente da redução da Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) e, em segundo lugar, da queda do preço em dólar dos fertilizantes importados", explica Dominique Duly, gerente de consultoria em Energia e Agroindústria da Pöyry no Brasil, e que coordena a elaboração do índice. No quarto trimestre, afirma, estes dois fatores também foram importantes, mas eles foram compensados pelo aumento dos custos com mão-de-obra, taxa de câmbio e óleo diesel, o que resultou na quase estabilidade do índice.

O aumento limitado do INCAF em 2019 acontece após dois anos consecutivos de aumento acima da inflação. Isto, junto com a leve desvalorização do real em relação ao dólar americano durante o mesmo período, contribuiu para reforçar a competitividade da cadeia de valor florestal do Brasil nos mercados internacionais.

Dominique Duly acrescenta que, no curto prazo, a evolução do INCAF nem sempre repercute nos preços de madeira pagos pelas indústrias, que dependem muito mais do balanço entre a oferta e a demanda ou de alguns fatores exógenos, como o dinamismo do mercado de construção americano. "Ainda assim, é um importante termômetro que possibilita avaliar a rentabilidade dos produtores de madeira".



Fonte: Pöyry